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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Calma aí com a evolução e o progresso

Pi, 28.05.14
Que ainda há civilização para aplicar. E bem perto de nós.  Fui ali tomar café, num daqueles quiosques espalhados por centros comerciais e metro, e assisti a este diálogo (tudo entre risos, ninguém estava incomodado): Ele - já reparaste como os macacos são parecidos com os pretos? Ela a rir, adivinhando a punchline que aí vinha - e então?? Ele, riso alarve - és macaca! E riam os dois. Depois a conversa evoluiu (ah, a ironia) para tons. Que não era preta, então que és, és branca queres ver? E ela já com receio de dizer mais para não se envergonhar, quando um terceiro elemento veio em socorro: "É mulata". E pronto, andamos a ler e a saber da Ucrânia e a guerra que não o chega a ser, dos Nobel da vida e de quem treina o nosso clube para o ano, quando há população que nem salpicos de civismo ainda conseguiu apanhar. 

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O Robbie

Pi, 26.05.14
Eu gosto de fazer o apanhado de como chego aos dias de hoje a gostar de filmes, músicas e músicos e coisas assim. Desta feita, Robbie Williams.  Foi assim: eu não era muito de Take That, mas eles também já me apanharam numa fase em que eu não tinha problemas (se é que algumas vez tive) em dizer que sabia a letras ou mesmo que gostava desta ou daquela música. Seja como for, não lhes ligava grande coisa.  Depois eles acabaram e eu via os vídeos do Robbie e dos outros (Jason Orange e... Gary Barlow, isso!) e a diferença era clara: Robbie era um palhacinho com classe e qualidade no audio visual.  Nunca perdi muito tempo a ouvir ou ver os outros, mas Robbie Williams chamou-me a atenção.  Depois, quando cá esteve, uma amiga foi vê-lo sem contar, e gostou muito, viu o  entertainer que era e contou-mo. Tratei de arranjar um álbum ao vivo com a intenção de vamos lá a saber afinal o que ali está. Ouvi-o ao vivo em Knebworth ad nauseum e confirmei que sim senhor, eu gostava daquele rapaz. O aparente cantor romântico é um gozão, as letras são muitas vezes sarcásticas e ele diverte-se e diverte quem o segue. Quando me dizem que é piroso ou mais um cantor romântico penso em Come Undone e rio-me. É não conhecer. Não gostem, mas saibam de que falam.  Esperei que voltasse para finalmente o ver e aconteceu ontem Robbie Williams no Rock in Rio comigo presente.  Com covers e originais, de luvabranca e aba de grilo, Robbie continua um palhacinho com classe e mueda graça - deve ser do sotaque que lhe permito todos os fucks e shits. E eu não resisto a um bom palhaço. 

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Queridas pessoas das aulas no ginásio: organizem-se

Pi, 07.05.14

Nós até somos um país que faz filas. Quando me dizem que aqui ou ali não as há, "entra tudo ao molho", sinto o olho esquerdo temer. Nós somos das filas, da ordem de chegada, das senhas se puder ser melhor ainda. E eu, não sendo muito organizada, nem sofrendo de ocd, agradeço essa ordem. 

Somos do um em cada banco no comboio, primeiro do lado mar ou voltados para a frente e só depois o resto. Todos arrumadinhos e bem isolados, vivemos numa base mista entre o não incomodar e o não vou fazer diferente que parece mal. Temos uma compreensão imediata da arrumação no transporte público. 

Depois entramos numa sala de aula de ginásio e ninguém sabe colocar-se em xadrez. No ginásio desarrumam-se todos, tão giros, muito modernos. Eu juro, palavrinha de honra, que não é preciso saber de estratégia militar ou física quântica para saber fazer isto. Na ginástica rítmica diziam-nos "em xadrez" e nós automatica e (cá está) ordeiramente nos intercalavamos fila a fila. Agora toda a gente se quer alinhar. Mas o ginásio não é o comboio, pasme-se. O que é optimização do espaço num, não é no outro. 

Parecendo que não isto complica quando se quer levantar braços e pesos, rodopiar e andar para a frente e para trás. Chegamos ao ridículo de eu, para facilitar, dar dois passos atrás para quer eu quer as duas pessoas ao meu lado termos espaço, e ambas vêm atrás de mim para ficarmos alinhadas, arrumadinhas. Parem com isso, arrumação no ginásio não é ficar sem espaço para os braços. Querem ficar ao lado de amigas, tudo bem, mas percebam o esquema e não tentem por-se em linha com quem vos quer adiantadas. Querem ser da fila da frente, ok, se nos intercalarmos há espaço para duas filas sem ninguém à frente.

O xadrez facilita a visibilidade em sala até, só temos a ganhar. Fosse possível tritura-lo e xadrez era melhor que chia nos vossos batidos verdes pela manhã. 

 

Faço um apelo e deixo já slogan: o ginásio não é só seu. Na sala, intercale com um amigo.  Xoxoxoo

 

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