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É só um momento, uma ínfima parte de todas as horas que um festival tem. Na mudança de palcos, na ida e viva que muitas vezes se cruzam, ontem houve o congestionamento. Caras, pés, cotovelos, para lá, de repente para cá, grupos a achar que tinham a solução e o caminho certo, e entravam na diagonal para cima de todo o magote. Subimos um degrau, abriu-se nova passagem ao pé de nós. Gnus, lembravam-me gnus (pensei Mufasa pensei, mas adiante). Voltámos a aventurar-nos e mais uns encontrões, pouco avanço. Mais gente decidida sabia lá para onde, só sabiam que iam. No casos avistamos quatro palhaços, cada um mais alto que o outro. "Olha, palhaços. Isto é Lynch: 'no meio do caos avistei palhaços' " Plantámo-nos ao lado deles e por esses instantes nada nem ninguém nos tocou. E foi assim que me senti ir do Rei Leão a David Lynch em Algés. Xoxoxoo Enviado de Samsung Mobile
Cidadão brasileiro na caixa do supermercado. Senhora portuguesa cumprimenta-o e pergunta:
- então está a preparar-se...
- tem de ser...
-...para ver as duas?
- que duas?
- oh! a Angela e a outra.
- a Ângela?
- a Merkel e a Dilma!
- ah...
Não, pessoas, quem vê o Mundial pelo Mundial não faz este tipo de associação imediatamente. Não é por não saber, é mesmo por não querer.
Enviado de Samsung Mobile
Eu não sei se isto acontece muito a adultos, ou se sou eu que ainda trago comigo resquícios de adolescência - quer dizer, disso não tenho dúvidas, mas falo dos episódios disparatados como o que se segue.
Chamemos-lhe Sónia. A Sònia trabalhava no mesmo edifício que eu, tinhamos amigos que tinham sido também colegas comuns. Sempre que a Sónia se cruzava comigo e um desses amigos comuns, parava a conversar, e ele apresentava-nos. Sempre. Porquê sempre, não é? Porque a Sónia fazia sempre o mesmo número. "Conheces a Marta..." e a sonsa... a Sónia, peço desculpa, "Não."
E isto podia passar-se em dois dias seguidos, ela fazia questão em mostrar. Não era distracção, não era não me reconhecer, era uma doença mental qualquer ou pura má criação. A coisa resolveu-se porque comecei eu a fazer que nem a via ali à minha frente.
Eu sei que há pessoas que marcam logo, ninguém as esquece. Sei que não sou assim, mas também sei que não sou o Mr Celofane. Isto seria talvez o mesmo que o que acontecia no elevador onde tantas vezes um bom dia caía no vazio, já todos passámos por essa experiência.
Seja como for, ainda ontem falava com o J, que tem sete anos, sobre "Olá, diz-se sempre, não é? Podemos até nem falar muito com toda a gente que está, mas olá dizemos sempre" e ele, sábio, concordou. Fiquei mais descansada por não ser um conceito em desuso.
Numa outra nota: hoje vi a Soninha e os seus pés 45 fora das sandálias. XOxOXO