A ver passar comboios. Literalmente.
Pi, 26.08.14
Do outro lado estão os utentes, os passageiros que já começaram a assistir a estas reduções este mês. Nem vou falar do que se paga e o que paga esse dinheiro, não é isso. A questão está no (des)tratamento que se dá às pessoas.
Eu vou para a estação e apanho o comboio... que calhar. Neste momento é isto mesmo, o que calhar. Se passar um rápido (que para em menos estações para quem não saiba) é o rápido que apanho, se for um que-para-em-todas (self explanatory) e estiver com tempo, é nesse que venho. Na estação onde apanho o comboio a sequência de saída é, geral e logicamente, primeiro o rápido depois o outro. Ultimamente, há números de variedades diários. A semana passada estava com tempo e sentei-me no que demora mais mas me deixa ler mais umas páginas. Passaram e sairam dois rápidos, e eu ali sentada, a ficar sem o tempo que tinha tido. Ao terceiro levantei-me e vim nesse, não sei se foi o último. Outras vezes, muitas já, o que para em todas as estações não aparece e a alternativa é o rápido fazer mais uma paragem, mas só uma. Quem precisar de sair noutras estações, aguarda pelo comboio suposto.
E tudo isto até pode ser compreendido pelas pessoas, há reajustamentos a fazer, não há dinehiro, etc. Custa-me a crer em tudo, mas aceito que explicado as pessoas aceitassem. Mas não custava nada irem dizendo o que se vai passando, mesmo que haja mudanças todos os dias. Estar numa estação à espera de não se sabe bem o quê, deixa lá ver o que nos foi guardado hoje, olharmos uns para os outros à espera que alguém saiba e nunca ninguém perceber, não é sistema.