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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Just when i thought i was out they pull me back in

Pi, 14.11.16

Foi o que senti há momentos, quando vi o anúncio de uma nova novela da Globo. E que tem? Nada, foi o que também pensei, até ver que tem José Mayer. Sou grande fã. Até fiquei nervosa, palavrinhadonra.

Em criança vi muitas novelas da Globo. Não sei se eram todas Globo, mas vi muitas vindas do Brasil. De há uns anos para cá, espreito uma de cinco em cinco anos se tanto (vi a última Gabriela toda, nem podia deixar de ver). De momento não vejo novela nenhuma há bastante tempo e estava muito bem assim.

Acho que me lembro de José Mayer desde sempre. Ou desde o Ulisses da Guerra dos sexos. Eu não devia ter mais de seis ou sete anos quando deu cá, mas nunca me esqueci dele. De lá para cá vi várias, e é sempre por este actor que vacilo. Espreitarei uma vez por outra, não resisto.

Presidentes há muitos

Pi, 11.11.16

Ontem na FIL, em plena Web Summit, andava Marcelo Rebelo de Sousa rodeado por staff e cidadãos em busca da selfie com o PR. Eu estava perto da roda quando um rapaz, que percebi depois ser americano, se aproxima de mim e pergunta: 

- Excuse me, who is this person? 

- That's our President. 

- Oh, really? Here, out in the open? 

- Yes, he's always like that.

- Oh... - aqui desanimou, claramente - That's what we were looking for.

E eu pensei "Pois, mas este é nosso, não troco pelo vosso novo.", mas não lhe disse, limitei-me a um solidário "I know".

São loucos, estes americ... Romanos, pois!

Pi, 09.11.16

Vamos cá a ver: havia duas possibilidades e nunca houve uma maioria clara de Hillary Clinton. Não é que haja uma surpresa com Trump, a questão para mim não é tanto ele, que com o seu discurso desta manhã deixou em aberto um caminho para a moderação. Também é ele, que fez uma campanha de palhaço (literalmente) rico e venceu. Veremos o que por aí vem, que remédio.

Deixo a análise política para quem a sabe fazer, eu gosto (ou não) é de observar as pessoas. E o que continua a chocar-me é que as pessoas gostam de um bom circo, mesmo na vida real. Gostam ao ponto de levar circo ao poder para verem mais. Talvez também seja culpa dos canais pagos, pelo menos o presidente tem de dar em sinal aberto, e é entretenimento garantido. O que me preocupa de momento é que quem votou o fez ou porque crê naquela conversa da família americana - quando nem a dele o é! -, ou, e arrisco que pior, quem riu muito com ele, as suas alarvidades e grosserias. Isso não é frontalidade, é circo.

Já sei que a Hillary tem imensos defeitos e "ele é péssimo mas ela também é má" (e foi esta conversa que a fez perder, não tenhamos ilusões), e não sabemos, nem saberemos, como seria se fosse ela a eleita. Agora já está. Olho para trás e vejo como o meu choque com a reeleição do W Bush, parece tão ingénuo perto do de hoje.

Esta campanha foi só circo, e a minha fé na seriedade da pessoas está cada vez mais fraquinha. Sendo eu uma pessoa que adora rir e não reconhece limites ao humor, já vêem o que a ignorância me assusta.

Se falarmos no circo romano, há choque e horror, era um absurdo e uma barbarie. O pão e circo como campanha é uma coisa muito mal vista, mas é preciso passarem uns séculos, vemos mal ao perto.

Querida linha verde

Pi, 08.11.16

Eu sei, são só uns dias. Eu sei que é só agora, para não ficarmos todos, mochilas e credenciais, espalmados entre WebSummit e destino. Mas... Vês como podíamos todos ser tão felizes se tivesses sempre seis carruagens?

Pensa nisso com carinho. 

Brigadinha