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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Também estou ali

Pi, 17.02.19

Telemóveis e comentários

Pi, 17.02.19
Sem contar muito, acabei por ver a primeira semifinal do Festival da Canção deste ano. Como muita gente, apenas tinha ouvido a música de Conan Osiris o que a colocava, no meu caso, em vantagem por ser a que me soava mais familiar. 
Depois de ouvir as oito, de muitos comentários no Twitter e várias repetições enquanto o público votava, ficaram-me no ouvido "É o que é", "Perfeito" e "A dois". Mas continuo a preferir "Telemóveis" para festival. 
Acho graça às músicas de Conan Osiris, mesmo que sejam todas parecidas. Gosto da sonoridade entre o cigano e Variações. A persona em palco tem graça e presença. O bailarino que o acompanha é fantástico e dá o colorido que pudesse faltar à actuação. 
 

Já esta manhã, estive a ler comentários à música do Conan Osiris. É certo que pouco se deve ligar ao ódio nas redes sociais, mas quis ver o que se dizia. Uma vez mais, uma simples opinião vira uma ode. Que não se percebe, que é uma vergonha, que vem a ser isto agora, mas onde já chegámos. Não aprendemos nada com o Salvador Sobral. Na altura da semifinal em que participou, também se chamou de tudo ao rapaz, poucos queriam crer que chegasse longe.

"Isto não é música" é o "fomos muita roubados", aplicado ao festival. É fácil de dizer, para uns pode fazer sentido, para outros não sabemos se o pensam sequer. Que não se goste, que se deteste, tudo é válido, cada um gosta do que quer. Mas não é música porquê? Tem melodia, tem ritmo, soa a música. Não gostam? É legítimo. Não gostem do resultado, mas não culpem o árbitro. 
 
Também li que "é um insulto à música e à dança". Quem viu a actuação dos dois rapazes sabe que houve ali dança contemporânea. Se é muito boa ou muito má, não sei avaliar, mas parece-me condizer com o resto, e acompanha bem o que se ouve. No fundo a opinião de que é insultuoso tem simplesmente a ver, na maioria dos casos, com ser estranho ao que costumam ver. As pessoas insistem em andar para aí com a fobia à androginia de fora, achando que a deixam em casa. 
Não gostem, não ouçam, votem no Matay, participem. Não se fiquem só por um "que é isto?!" da caixa de comentários. Somos um bocadinho melhores que isso. 

Harry Potter, comecemos pelo fim (para o caso de voltar a escrever sobre o tema)

Pi, 11.02.19
Eu sei, eu sei, como é que não tinha lido ainda "Harry Potter and the cursed child", se li toda a saga em tempo útil, não é? Na altura não quis prolongar a imagem dos personagens-miudos em adultos, foi isso, não há outro motivo. Custou-me ler um fim tão fechado, de futuros, casamentos e filhos, e deixei passar o tempo. Até agora, que o li em quatro ou cinco dias. 
"Harry Potter and the cursed child" traz um quentinho a quem leu Harry Potter do início ao fim. Celebra personagens desaparecidos, concilia uns, redime outros, matam-se saudades e saram-se algumas feridas. 
Só achei que alguns personagens estão menos vincados do que eram. Talvez seja parte da tal conciliação. 
 
Tive de me relembrar página sim, página não, que se trata de uma peça de teatro. Quis saber mais sobre Scorpius, que personagem adorável teria sido em mais sete livros. Quis acompanhar Albus Severus na sua infância e adolescência, mas não é essa a ideia aqui. Sendo um texto para teatro, sabemos o que nos é dado em palco e basta. Ou devia. Vejo-me ler de novo entradas na plataforma 9e3/4, viagens no Hogwarts Expresso, voltar a Diagon Alley, escolher varinhas no Olivanders, as aulas, os professores e o quidditch. Lia tudo de novo, agora com estes dois e seus (nenhuns) amigos. 
Em suma, não é um Harry Potter, mas é todo ele Harry Potter.
 
PS2: segundo o Pottermore (três vezes, em anos bem diferentes) sou Gryffindor