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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Revisitei hoje esta rapaziada. Os Marginais, para os amigos

Pi, 25.03.20

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Coincidências. Percebi hoje que existe uma Outsiders House Museum  e que o filme saiu a 25 de Março de 1983. Só li o livro bem mais tarde que isso, e o filme também. Mas o livro marcou-me. 

Tinha visto a capa da edição do Círculo de Leitores um dia na praia e tive a sorte de a minha mãe mo oferecer uns meses depois. Ali estavam eles, os actores da nossa adolescência, para todos os gostos. O Tom Cruise, o Patrick Swayze, o Rob Lowe, o Ralph Macchio, o Emilio Estevez, o C. Thomas Howell e o meu preferido, Matt Dillon. 

Nunca fui de ler muito rápido, mas este livro li num fim de semana. Adorei tudo, estava na idade certa para o ler muito provavelmente. Tinha 13 anos e aquele socs vs greasers (ou sebosos na versão portuguesa) era a fórmula mágica para meninas em início de adolescência. Só não apreciava que os primeiros fossem mais Beatles e os segundos mais Elvis, já que eu sempre preferi os Fab Four e queria estar mais próxima dos tais rapazes sebosos.

Os irmãos Curtis - todos com personalidades diferentes, orfãos tentando sobreviver unidos -, os amigos que formavam o resto do grupo. Os dramas familiares, o drama maior que marca o desenlace final. O bom Sodapop, o duro Darry - o que eu chorei com a bofetada que dá ao caçula -, o pobre Johnny, o golden Ponyboy, o bruto Steve e o Bocas (mais uma vez na versão que li, creio que era Two-bit no inglês). E o Dally... ah Dallas Winston, como não amar o rebelde dos rebeldes quando se tem 13 anos?

Bom, é só um cantinho dobrado, viajei um bocadinho no tempo quando vi hoje a casa e a data do filme e será sempre um livro que morará na minha memória. 

Vamos ficar todos apanhados

Pi, 20.03.20

Ando a ver finalmente a série "Vikings". Levei algum tempo porque já não achava a primeira temporada, as reposições começavam mais à frente e houve outras coisas para ver. Mas finalmente estão disponiveis as primeiras três temporadas e lá travei conhecimento com Ragnar Lothbrok e o seu bando. 

Gosto muito desse loiro e seus companheiros, já a série podia ser melhor. Dou demasiadas vezes por mim a pensar "eles diriam isto assim, de forma tão moderna?", "o sinal da cruz já seria este?". Mas enfim, gosto de vikings, gosto de séries com alguma violência, e quero seguir até ao fim. 

Como estou a ver nesta fase em que estamos em isolamento, com recomendações simples sobejamente divulgadas pela DGS e um pouco por todo o lado, um dia destes, no meio de esquartejamentos, aldeias dizimadas, vi uma cena em que uma personagem, concluindo a sua consulta ao oráculo lá do sítio, lhe lambe a mão.  Pensei um "NÃÃÃÃOOO!" aflito. 

Esventrar inimigos, tudo bem. Lamber mãos, tenham lá paciência, mas de momento, não. 

 

Cá estamos, não é?

Pi, 20.03.20

Então foi cair-nos esta agora em cima...

Estamos de quarentena, é oficial. Voluntária ou não, está o mundo em suspenso com o novo coronavirus (é novo porque coronas há muitos). 

Eu estou há uma semana a trabalhar de casa e tem corrido bem. Uma das primeiras coisas que eu e a minha equipa notámos, foi que estarmos permanentemente online nesta fase é muito fácil, mas não é o ideal. Organizamo-nos, conseguimos estar bastante tempo em contacto, mas é fundamental ter outras rotinas por casa. 

Hoje sinto que é sexta, não porque vá sair ou andar por aí, mas posso descansar. Amanhã vou fazer coisas diferentes, embora me mantenha online e contactável. 

Não sou ninguém para dar conselhos, acho importante que mantenhamos actividades, cabeça ocupada e hábitos saudáveis.

Ler e ouvir notícias que tenham base nos boletins da DGS, não abrir a porta a burlões - como é que há sempre gente pronta a aproveitar-se de tudo? -, e tirar a cabeça disto, ler aquele livro que tem sido adiado, ver uma série mesmo que aos bocadinhos, fazer exercício, meditar para quem é de meditar. Há muita coisa online, muita gente a oferecer os seus serviços e conteúdos. Definitivamente não estamos sozinhos, mesmo que vivamos assim.