Notti Magiche. Do azzurro Diadora a Puma broccato
Uma introdução: Portugal tinha estado em 1986 e só regressaria a estes palcos em 1996. Nesse intervalo adoptei uma selecção para apoiar e ela entranhou-se-me na alma.
Em 1990 tinha mais noção do que era um Mundial, de como funcionava, de quem lá estaria até. Foi o Mundial de Itália que me tornei azzzurra para a vida.
A Itália ficou em terceiro lugar nesse ano, mas isso não me importava, eram os melhores, os mais apaixonados, a camisola mais bonita de todas - ainda hoje aquele é que é para mim o verdadeiro azzurro. Azzurro Diadora é o verdadeiro-, os mais giros, mesmo que não fossem bonitos.
Nessun Dorma é a música desse mundial e não podia haver melhor combinação para a divulgação do evento, uma memória ao som de Nessun Dorma é inesquecível. Mas a música feita para o Itália 90 é "Un'estate italiana", de Gianna Nannini e Edoardo Bennato. Essa sim, a que fala ao cuore azzurro.
Pois bem, este Europeu teve Italia 90 vibes, como já escrevi aqui. E não bastando os jogos em Roma marcarem bem essa memória, no fim de cada jogo, esta era uma das músicas que a Squadra Azzurra (quase todos nascidos depois de 1990), entoava entusiasticamente no autocarro.
Este ano a camisola é Puma e num brocado que nos leva ao Renascimento, celebrando a influência da cultura italiana no mundo e no próprio futebol (goste-se ou não). Se não a achei tão bonita como a de 90 (ou 2000, outra que marca pelo arrojo), é apaixonante que una passado e presente numa referência universal como o Renascimento. Calhou bem, que também esteve na comitiva, um Lorenzo, il Magnifico.