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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Pelo YouTube - Fulanos de Cá

Pi, 22.11.23

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De há uns meses a esta parte, vejo muito mais YouTube. Foi natural, apesar de sentir já há bastante tempo que devia, também devido ao trabalho, estar mais a par do que por lá se passa. E nem começou nos confinamentos, foi mais recentemente, já nem sei bem porquê. Sei que de vídeo em vídeo, tenho descoberto como rir ao serão.

Foi assim que me tornei seguidora d'Os Primos. Num mês e pouco vi tudo o que estava disponível no YouTube e Patreon, ri muito e fui-me familiarizando com nomes e referências daquela rede - não concordo que o YouTube não tenha o seu lado de rede social, como já tenho ouvido. Conhecia alguns nomes dos chamados youtubers, mas é mais tolerável e divertido ver alguns conteúdos, pela lente destes dois amigos da Margem Sul. Despretensiosos, engraçados, sensíveis, gosto muito desta situação do croissant misto prensado que são Os Primos.

Falo n'Os Primos porque esta semana apareceu uma relíquia pelo YouTube, a qual pude perceber, muito graças ao curso intensivo que fiz com Os Primos, sobre youtubers, seus hábitos e peripécias, familiares, amigos e gatos (já me estou a rir). Fulanos de Cá é fresco e hilariante, e resume várias das referências que hoje também são minhas. Não vale a pena discorrer sobre elas, porque ou seria spoiler para quem ainda não viu, ou um enigma desinteressante para quem passa ao lado das mesmas. Mas devo dizer que o fim do vídeo, com uma das frases involuntariamente mais engraçadas do YouTube - outra vez o gato -, acabou comigo.

No fundo este post tem a ver com referências, gosto muito de as ter e reconhecer. Angustia-me não chegar a todas de todo sempre do mundo. Mas quando me cruzo com as minhas, é maravilhoso. Já não é mau.

Acompanhar a estrelinha

Pi, 20.11.23

Post originalmente escrito para o És a Nossa Fé.

Deixem-me cá escrever, que os meses passam, não sabemos o que vem por aí e depois não me lembro, ou tenho pena de não deixar registos.

É a busca de emoções que me leva ao estádio e ao pavilhão, é o Sporting com tudo que contém. São as referências, da época ou de anos, o culto, hábitos e superstições ("a ola dá golo dos outros"). São golos e memórias de jogadores, as homenagens, os minutos de silêncio, tudo isto também emoção. 

Durante os jogos de futebol no estádio, gosto de acompanhar os cânticos, de os conhecer, rir com alguns, estar solidária com outros, e enquanto os canto não roo as unhas. Desde criança sempre gostei de saber o que se canta em Alvalade. Alguns acompanham-nos desde pelo menos os meus anos de adolescente - e já lá vão trinta -, outros são mais recentes, mas marcaram o seu tempo. Como esquecer que "Só eu sei por que não fico em casa", tão verdadeiro e sentido, para bem e para menos bem, que surgiu depois de tantos anos sem um campeonato. Só nós sabemos, pois.

Mas o que me traz hoje, voltei a ouvir domingo passado, vindo da superior norte, cantado por mais gente do que julguei sabê-lo. Levou-me a um passado recente, em que estávamos desta vez sim, em casa, não de livre vontade, a ver a nossa equipa sénior masculina triunfar semana após semana, "de três em três a somar", quando nasceu o "onde vai um vão todos" e a bendita "estrelinha a acompanhar". Foi muito bem conseguido e ao ouvi-lo agora ali viajei até essa altura, em que ver o Sporting, mais uma vez, foi, mais que um consolo, uma alegria, nesses dias que demoravam a passar.

Nós não sabemos, estamos ainda em Novembro, mas se não é neste estádio (ou onde jogue o Sporting) que se canta a esperança interminável, não sei onde será.

Deixo a letra:

Allez allez Sporting allez
De 3 em 3 a somar
Onde vai um vão todos
E a estrelinha a acompanhar
Façam-nos acreditar
Que no fim vamos vencer
Onde vai um vão todos
Vamos sem nada a temer

 

PS: quem não quer não canta, é simples.

"The Crown" - Diana affair

Pi, 18.11.23

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Li que os primeiros 4 episódios de "The Crown" são um "Diana Show", assim, com laivos de desprezo e tudo. Que é tudo à volta dela, que chatice, tão prevísivel (como assim? Não é propriamente desconhecida a sua biografia) e nada a ver com o resto. Não temos de ter apego a tudo, é bem mais simples não ter, mas às vezes parece que tudo é só para consumo instantâneo, mastiga deita fora (não demora mesmo, é passar ao próximo).

Ora, eu já os vi todos também. Percebo a ideia, não discordo, porque é de facto sobre ela, mas faria sentido vasculhar muito mais Balmoral, quando naqueles dias tudo esteve tão exposto?

Diana, a princesa, Lady Di, sempre foi, quisesse ou não, o centro das atenções, na chamada imprensa cor-de-rosa sobretudo. Não me espanta que se tenham feito 4 episódios neste registo mais tabloid, pois foi pelo que se pautou a última e dramática fase da sua vida. 

Não me chateou nem ofendeu, não esperava diferente. Revivi 1997, a tv, Holas e quejandos, o guarda-roupa, de tantas vezes se viram e reviram os últimos meses de vida de Diana Spencer. Tempos tristes.

Os restantes episódios, que estreiam em Dezembro, terão provavelmente o mesmo registo do resto da belíssima série, não nos enervemos. Foi mais o desapego, num "sirvam-me, entretenham-me, satisfaçam-me", num queixume de perda de tempo, que me fez escrever também.