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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Um de cada, pode embrulhar

Pi, 30.10.13
Tenho a cabeça cheia de desenhos animados desde sempre. É provavel que haja muita gente que sofra do mesmo, resultado de infâncias (felizmente, não mudava um bocadinho) em frente à tv e video Beta - em criança fui uma vez desmentida "quando tu eras pequenina não havia video em casa das pessoas" e na altura eu não me atreveria a responder a um adulto "olha, velha és tu!", mas palavrinha de honra que ainda há cassetes com "O pais dos Rodinhas", "Ruy, o pequeno Cid" e "Dr. Faisca" de fitas vistas e revistas, adiante. Eu via tudo o que fosse desenhado, não havia desenho de que não gostasse e ainda me lembro de bastantes coisas (diálogos pontuais incluídos) de tanto ter visto. Mas havia aquela categoria que alem de me fascinar na altura pela genialidade da ideia ("ena, eu queria isto!") com a idade e a memória, se tornam wishful thinking e frustração pela não aplicabilidade na vida real: falo do Lápis Mágico e do saco do Sport Billy. Podia ser uma fada madrinha, mas isso já implica invocação e chamamento, alem de uma pessoa a julgar o que nos apetece e a que horas. Não, eu queria mesmo era ou o lápis ou o saco. Em criança o que melhor me lembro de pensar quando via o Lápis Mágico é "e nem é preciso desenhar muito bem!" Porque o menino só encostava o lápis ao cenário, fazia no máximo dois traços e aparecia um chapeu-de-chuva, um barco, o que ele precisasse, era maravilhoso! Ora a mim dava-me muito jeito às vezes desenhar outro tipo de calçado, desenhar a roupa de treino lavada, desenhar o snack que falta a meio da tarde ou manhã para não alarvar à refeição. Mas para coisas que só preciso momentaneamente não deve ser o ideal, porque não me lembro o que ele fazia às coisas depois de as usar. Nos desenhos podem deixar-se as coisas para trás, alguém as apagará, ou não aparecem no próximo frame. É aqui que entra o saco do Sport Billy. O Billy tirava do saco o que precisava e mesmo que não o fizesse, acredito que podia voltar a meter as coisas no saco. Hoje de manhã (madrugada, madrugada é que foi) já estava fresco e quando saí de casa vesti um casaco mais quentinho. Tanto nos transportes como quando cheguei ao destino, já não está frio e dispensava bem andar com ele atrás. Mas logo vai voltar a dar-me jeito. O saco dava-me jeito entre uma coisa e outra. Bem sei que no caso do Sports Billy o saco era para artigos de desporto, mas em 30 anos acredito que houvesse um upgrade, e cada um podia ter o saco com o que quisesse. O mesmo vale para o saco do ginásio. Ando com ele atrás e só precisarei ao fim do dia. O saco do ginásio, por Deus, esse então já vinha organizadinho de origem e sem peso extra. Mas neste caso o lápis já serviria. Estou a imaginar-me no balneário a desenhar os ténis para ir saltitar. Adorava.

*suspiro* Enviado a partir do meu smartphone BlackBerry® www.blackberry.com