A L e o Pai Natal
Está fora de época, bem sei, mas nunca é tarde para guardar memórias.
Por altura do Natal (já depois), fui com a minha amiga T e os dois filhos a Cascais, ver a aldeia do Natal. Andámos pelo parque, demos a volta à aldeia, vimos nazarenos e romanos, renas, um trenó e um carrossel. O tempo estava bom e o espaço era engraçado.
O D não quis ir à casa do Pai Natal, mas a L sim. Foi com a mãe, e nós esperámo-las cá fora.
Enquanto esperávamos, saíram umas três crianças, da mesma idade e pouco mais velhas que a L (4 anos), e a sentença era unânime:
- Era mesmo o Pai Natal!
- Era mesmo o verdadeiro!
- Era ele, até tinha uma coroa!
Esperei pela opinião da L que, à saída, não tinha dúvidas: "Olha, era mesmo o Pai Natal a sério. Era mesmo ele!"
Tenho para mim que aquela coroa foi um adereço muito bem pensado. Em terra de Pai Natal de shopping, quem tem coroa é rei (ou o verdadeiro). A coroa era imponente, diga-se. Até eu, quando vi a fotografia da L ao lado do senhor, de barba e cabelo imaculados, impecavelmente vestido, e coroa reluzente na cabeça, pensei "é bem capaz de ser ele é..."
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