Acabou o bicho. Cada um com a sua memória. Respeitem-se
Ficou a memória colectiva, dentro dela cada um guarda o que quer.
Muito se tem dito e escrito sobre o Bicho, bem e mal. Não quero saber mais, não vou ler mais. O bully que passa e destrói uma construção da areia só para se rir, nunca saberá o que aconteceu antes, enquanto foi erguida, se foi divertido, se custou, quanto tempo levou. Nem lhe interesssa. E sabem que mais? Diria o próprio Bruno: "está tudo bem com isso". Falem mal agora, quem acompanhou guardará para sempre. Não é mais nem menos, foi o que foi, fez-nos companhia enquanto durou, criou mini-enredos, fez conversas de temas de nada. Entreteve. E está muito bem assim.
Não deixar que nos mexam numa boa memória, é o importante. Em tempos, ainda era uma criança, ouvi um adulto dizer "Ninguém tem o direito de me chatear". Cada vez concordo mais.
Só para deixar um cantinho muito pessoal dobrado. O último foi giro de ver. O próprio não tinha noção do impacto, foi a crú, não escondeu nada e nós gostámos de lho proporcionar. O Dillaz tocar pessoalmente o genérico, apontou logo para bons momentos. O Nelson Évora aos saltos no Coliseu fez-me soltar uma franca gargalhada. Foi bom, fica-nos na memória. Quero guardar duas notas sobre esse último directo:
"E depois ele quis sossegar as filhas porque “devem estar em pânico” e aparece a Beatriz Batarda a dizer que estão bem e “és o rei”. Entre isso e o inem ligar o som para dizer “és o maior, Bruno” ainda não escolhi o momento mais fofinho"
"Os 'obrigado', os obrigado também são comoventes. Porque é a palavra certa"