Castellucci no CCB (já passou)
Pi, 17.06.19
Admiro a criatividade e a genialidade nas mais diversas formas. Sem dúvida que das cabeças que mais me intrigam são as de encenadores, cenógrafos e coreógrafos (como guionistas, escritores ou realizadores). Ter a capacidade de imaginar um todo e dar-lhe vida, parece-me tocar o Olimpo.
A Paixão segundo S. Mateus, de Bach, encenada por Romeu Castellucci é uma instalação viva, ou várias, que nos passam pelos olhos em quase três horas que não custam a passar. Enquanto inclui figurantes e elementos da cidade em que se apresenta, homenageia a fé de verdadeiros sobreviventes e ainda inclui química e física no palco. Só vendo, creio.
Tínhamos um livro de apoio, legendas do que é cantado - saber a Paixão de cor não quer dizer que a entenda em alemão -, e esta vibe Laranja Mecânica (coro, cantores, maestro e orquestra todos de branco, num cenário imaculado). Às vezes temo modernices em palco, mas esta valeu muito a pena.
Se não conhecem, quando lerem o nome Romeu Castellucci dêem uma oportunida