Do café
Pi, 26.03.14
Passo muitas vezes a esta hora (ainda não são sete e meia) no café da estação. São geralmente três pessoas a atender, quatro quando aparece a d. Maria que aqui entre nós que ajudar e organizar e parece-me, do longe do meu sono, que faz mais confusão que outra coisa. Entre os dois homens e a incansável d. Helena a coisa vai andando, numa dança entre quem tira cafés e quem prepara sandes e croissants. Na caixa sempre o mesmo, ali não se roda. E bem, que seria mais confuso se assim não fosse. Dali, o sr Amílcar ainda consegue prestar auxílio a quem pede café, estamos-lhe ao alcance do braço. Enquanto isso desenrola o seu pequeno acto de piadas e partidas sobre não dar troco, estar certo e coisas assim. Por instantes, o tempo de tomar um café, alinhamos naquela troca de gracinhas, já as sabemos. O sr Amílcar diz as mesmas piadas sobre totais e demasias, o sr Pedro sorri um sorriso amarelo de quem as ouve várias vezes ao dia e confirma. Estou solidária com ambos. Todos concedemos. É inofensivo e demasiado cedo. Depois saio e não me lembro mais.
Enviado de Samsung Mobile
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