Do contornar as regras
É sabido que o português gosta de contornar a regra. Ou talvez não seja uma coisa nacional, e outros o façam. Admito que seja humano. A última a que assisti é quase cómica, não fosse absurda.
Apanhei um táxi um dia destes - também ando de uber, não sou esquisita -, e reparei no sinal de falta de cinto posto. Dlin...dlin... Não era o meu cinto. Dlin...dlin... Era claramente o do condutor, que pega numa peça, o encaixe do cinto mas sem o dito cinto, só a peça que encaixa. Ouço o "clic", o sinal pára, e o taxista continua sem cinto. Só assim: encaixou apenas uma peça solta, só para a chatice do sinal de calar.
E foi isto. Esta nunca tinha sequer sonhado que existia.