Em 2009 entrou-nos twitter e vida dentro.
Tinha conversa para todos, jogo de cintura para qualquer um, o verdadeiro anfitrião tinha chegado, foi logo óbvio. Adorei-o desde o primeiro segundo, ríamos todos muito e sempre. Foi um furacão de alegria e graça que nós apareceu ali. Lembrava-me tios - sempre lhe chamei "tiozorre" - não muito mais velhos, que já têm algum saber mas não deixam de nos saber acompanhar. Saber falar com toda a gente e não se esquecer das privates, das paixões, dos gostos em comum, é raro e precioso. Da lota da Caparica ao carpaccio mais refinado, chegava para todos com a mesma energia e boa onda. Tão boa... Se há bom exemplo do que as redes nos dão, o Joe Best é o maior (pun intended).
Um dia passei pelo Oliva da av. da República e fomo-nos apresentar, eu e a Joana. Não foi preciso dizer nada, o Joe, o tiozorre, reconheceu-nos logo e fez uma festa. Como sempre, como quem o conhece sabe ou já viu. De lá para cá, não nos vimos muito mais vezes, mas o contacto foi mantido nas redes, umas vezes mais outras menos. De lá para cá, também me ficou sempre na memória e nas preferências a Caprese.
Em Abril avisou-me que se ía mudar e desejei que corresse tudo pelo melhor. Lembrou-me mais uma vez que "tenho os copos do Itália 90 para ti!"
Temos - não é possível dizer tudo no passado, ficará para sempre - em comum os U2 - muitos de nós -, sabe que amo "Until The End Of the World" e canta-me ou menciona-me sempre que há whiskey in the jar, a nossa música na pista virtual.
Obrigada pela tua passagem no mundo, tiozorre, não sei se te merecemos.
Pinigola (como me chamou até abril de 2021), de coração partido