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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Idades e assim. Ou não, sei lá

Pi, 06.02.15
Lisboa, seis e meia da tarde. Não sei quantos graus estão, mas não são muitos. Choveu e sente-se no ar que foi chuva gelada.  Na estação do comboio, duas miúdas fumam e conversam. Uma sentada num banco, a outra no chão. Sentada no chão de pedra, que calculo não estar muito convidativo.  O meu segundo pensamento - o primeiro foi "ai, é doida, que gelo!" - foi que há idades muito parvas. Ali sentada, a fumar, a desabafar as injustiças de amigos e namorados, a fechar a semana de conversa com a amiga.  E se calhar há de facto idades parvas e a minha até é uma delas. Mas eu lembro-me de gostar de me sentar no chão, nos intervalos do liceu era o meu poiso favorito.  Também me lembro de ser friorenta toda a vida, ter-me-ei sentado ao frio? Não me lembro, não vou jurar que não. Molhas por querer andar de blusão de ganga sei que apanhei.  Continuo a achar uma maluquice, a rasar o desporto radical, ela estar ali sentada (nem casaco tinha, senhores) no chão frio, ao frio. Tem de ter frio. Enfim, pode gostar.  A moral aqui é um bocadinho: deixa as miúdas, pá. 

Sim sim, este vai via Mobile

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