Se conduzir largue a porcaria do telefone
Ponte sobre o Tejo, entrada para a ponte. Reparo num casal no carro ao lado. Chamou-me a atenção nenhum dos dois olhar em frente. O telefone, claro, cada um vai a olhar para o seu. Ele, ao volante, alterna o olhar em frente por meio segundo, com voltar ao visor onde um mundo de apps é muito mais interessante.
E é eu sei que é, sou a primeira a assumir que ando sempre de telefone na mão, ligada ao mundo, mesmo que o mundo não me veja sempre. Acho maravilhoso que tenhamos chegado a um ponto em que tanta escolha e tecnologia nos permitam fazer o que entendermos à distancia da ponta dos dedos. Adoro, assumo tudo. Mas, como me diziam em pequena "há um tempo para tudo". Voltemos ao casal.
Iam com aquele meio sorriso, de quem leu uma piada no facebook ou twitter, de quem recebeu uma mensagem, ou quem está a delirar com um video viral. Se isto - da parte do condutor - já é ser inconsciente, já me faz confusão, fiquei pior quando vi a cadeira de bebé atrás. Com bebé, sim. Que é que as pessoas têm na cabeça? O quê, senhores?