American Sniper. Acho que sem spoilers
Pi, 28.01.15
Em pequena era sempre pelos índios, hoje - não que tenha crescido muito - sou sempre pelos marines. Mas só se não houver seals, aí sou dos seals desde pequenina. Óbvio. Sou assim, uma redneck de trazer por casa mas assumida. E não, isto não se transporta para o dia-a-dia, para a Faixa de Gaza e mais não sei quê. Isto é Hollywood, e Hollywood a mim vende muito bem Seals e Marines. Sem problema.
Façam um favor a vocês mesmos e não vão ver o American Sniper à procura do bebé que não o é. Se há alguma coisa para que guerras servem é para dar filmaços de guerra, e o super Clint não merece que se lhe destrua a obra com um "ah, é um boneco, vi logo". É um boneco, e também acho pena que seja, mas o filme é bem mais que isso.
Chris Kyle é real e bem recente. Se é espectacular enaltecer um sniper? Se calhar não (vá, é um bocadinho, diz a seal em mim. BOOYAH!), aceito que seja discutível, mas estes filmes - ver Black Hawk Down, Jarhead, Hurt Locker, In the Valley of Elah, Brothers, Zero Dark Thirty e certamente esqueço-me de alguns - também servem para ver o estado daquelas cabeças em cenário de guerra e fora dele, de miudos e homens nossos contemporâneos. É aqui e agora que vivem. E mais, claro, cada um retirará o que quiser. Adiante.
American Sniper pode não ser um "Hurt Locker" mas dá para eu obcecar uns dias com Chris Kyle.
(e tem o Bradley Cooper. Um filme com o Bradley Cooper é sempre melhor que um filme sem o Bradley Cooper. É científico.)