Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Dia 2 In love with food

Pi, 02.01.17

Ainda não sabia onde passaria a meia-noite, e já tinha feito a minha resolução de fim de ano: encomendar um bolo In Love With Food

Escrevo este post deitada no meu sofá, enquanto recordo o bolo merengado com creme de chocolate. Já lá vamos. 

Conheço a Antónia e o Luís, destas andanças virtuais já desde 2009, e fui acompanhando este delicioso projecto quando apareceu. Este sábado, sob pretexto de ir buscar o dito bolo, conhecemo-nos pessoalmente. E é tão bom conhecer quem, de alguma forma, já faz  parte do nosso dia a dia, pelas redes sociais. Fica connosco o momento, a repetir. Avancemos para o bolo então. 

Quanto a Antónia mo mostrou, o cheiro a chocolate serpenteou pela sala. Como se eu fosse um desenho animado, e ele se me enrolasse em volta de toda a cabeça. 

20161231_215334.jpg

Já à mesa, em prato digno de um bolo assim, fez um brilharete. E é igual às fotografias que tinha visto e me tinham feito decidir. Na hora de o partir... O som, senhores, o som! O merengue estaladiço, e o creme a amortecer o golpe num "pof" abafado. Maravilhoso.

O sabor. Bom, não será novidade dizer que todo ele sabe a chocolate. Se forem chocoholics, atirem-se de cabeça. Se não forem, experimentem-no uma vez na vida. Ou um dos outros, igualmente deslumbrantes, que estão em In love with Food. Quem provou não esquecerá, prometo. 

20170101_143428.jpg

 

Hamburgueria do Bairro

Pi, 26.10.13

 

Começo por dizer que gostei muito. Bons hamburgueres, boa apresentação, excelentes batatas, óptima sangria. Não sou esquisita, mas tambem sei do que gosto e do que gosto muito. Hamburgueria aprovada e a repetir. Adiante, que não era disso que vinha falar.

 

Enquanto esperava pelo resto do grupo cá em cima, vi a parede com o logo e sei lá, estamos numa época em que toda a gente tem uma camara à distância de um clic e eu tiro fotografias a tudo o que me apetece. Tirei também à parede. Uma das empregadas aproxima-se de mim e diz "Desculpe, nao pode tirar fotografias", "ah, esta bem". Guardei a fotografia (sim, claro que guardei), fiquei no mesmo sitio e revirei os olhos.

Não posso? A sério? Num lugar que tem sido tão falado, que tem fila de espera, numa altura em que toda a gente tira fotografias a pratos, pés, espaços e selfies em lugares da moda? A sério que não posso tirar uma fotografia ao logo que é só deles, que não sei para que me serviria a não ser para divulgar ainda mais a imagem do sitio? Juro que não percebo. E tenho a foto e está no meu blog a partir de hoje, está longe de ser uma grande fotografia, talvez por aí me tivessem convencido.

 

Quando nos reunimos cá fora contei ao grupo o que se passara e estivemos um bocado a rir. Não sem antes o Pedro ir lá dentro fazer o mesmo que eu, ter a mesma reacção absurda da criatura, dizer-lhe que já tinha tirado a fotografia e sugerir que falassem com o gerente, descer as escadas, falar com o gerente e ouvir um "não ligue". E é isto, concluimos que a miuda não gosta que lhe fotografem o local de trabalho. Ou talvez o dono já tenha feito um comentário ou outro sobre isso e ela se limite a ser zelosa. Não deixa de ser uma coisa sem cabimento.

 

Por Deus, eu ainda saí a dizer "olha, jantei no Louvre e não sei" e rimos todos. Mas a certa altura sou lembrada que em museus também já se tiram fotografias e sai-me um "pois, mas parece que está ali a Mona Lisa... Espera! Pode-se tirar fotos a Mona Lisa, há anos e anos!" Please... Toda a gente sabe que a Mona Lisa está num vidro e separada de nós por um mar de japoneses. Eu acho mesmo que são sempre os mesmos, já são uma instalação que faz parte daquele pedacinho do Louvre, numa composição "A Gioconda no Japão".

E tiram-se fotos, muitas, as que se quiserem a obras de arte deste calibre. Mas eu não podia tirar ao logo na parede da hamburgueria. Eu juro que não sou uma rebelde tardia deprimente, e até respeito regras e algumas tonterias. Mas esta estava a custar-me perceber. Afinal a explicação era simples: não existe, não uma que se possa levar a sério pelo menos. 

 

Mas voltarei à Hamburgueria, sem dúvida. Talvez a uma das outras, mas é de regressar. 

 

Enviado a partir do meu smartphone BlackBerry® www.blackberry.com