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Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

Da vida de Pi

Da vida de Pi... nilla. Vivo de ler e escrever. De ler escritas, de escrever leituras, de debater termos e criar frases. Aqui escrevo da vidinha. Vidinha de Pi, é isso.

A hora yo-yo (escrevemos yo-yo ou iô-iô?)

Pi, 22.05.23

 io-iôs mexicanos Tomas Castelazo / Divulgação

Sempre que um dia fica encoberto, e se torna mais escuro do que seria suposto àquela hora, sou levada a um tempo, de escola, em que o yo-yo regressava. Os brinquedos e brincadeiras eram cíclicos até certa idade. Ou talvez eu os tenha arrumado assim na memória. Mas o yo-yo surgia ali por Outubro - sei que já estávamos em aulas há um tempo, mas ainda não era inverno, arrisco Outubro. 

Já escurecia cedo, mas ainda não estava muito frio. E os yo-yos começavam a aparecer. Os Russel da Coca Cola, Sprite e Fanta, os mais simpes, opacos ou transparentes, os de luzes, os Five Stars! Não me lembro nada de quanto custavam, mas quase toda a gente acabava por ter o seu, comprado muitas vezes na papelaria do bairro. Também se compravam cordeis à parte, para substituir o que vinha de origem. Já não sei se era pelos nós - no meu caso, nó cego era a maior habilidade possível -, se porque eram melhores ou especiais de corrida. E depois havia um dia em que a dita papelaria - era só aqui? - organizava um concurso e lá íamos ver habilidades e verdadeiras acrobacias, em cordel e plástico colorido. Mais tarde viria o diablo, talvez o mais próximo, mas esse já não acompanhei, pelo menos na óptica do utilizador.

É a este episódio, tão fim dos anos 80, que me levam dias mais cinzentos ainda sem muito frio. Podia dar-me para pior.